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Inspiração #1 – Eleanor Roosevelt

Eleanor Roosevelt é aquele tipo de mulher que passaria despercebida pela rua, nenhum homem ou mulher olharia para ela duas vezes, era como qualquer uma de nós em nossos piores dias. Provavelmente também tinha TPM, acordava com o cabelo bagunçado, tinha mau humor pela manhã e sofria de outros males que só as mulheres conhecem.

Mas tenho certeza de duas coisas sobre ela: 1 – já foi muito complexada, 2 – deu a volta por cima.

Quando era pequena, Eleanor era chamada de “Patinho Feio” pela sua própria mãe, que era uma beldade capaz de girar o pescoço dos homens. Sua mãe não entendia como ela, tão bela, tivera uma filha tão feia. Só que Eleanor não era feia, era só comum, comum como qualquer uma de nós e que algum dia em nossas vidas já fomos taxadas de feias, magricelas, gordas ou qualquer outra coisa que não refletia quem realmente somos.

E assim como nós, Eleanor não era só aquela aparência externa que criticavam, era bem mais. Em 1905 casou-se com um primo distante, Franklin Roosevelt, que em 1932 fora eleito presidente dos EUA, no quarto ano da Grande Depressão.

Mas não é dele que quero falar. Mas daquela que se tornou a primeira dama.

Na vida pessoal, Eleanor sofreu muito, foi traída e ainda assim não saiu do lado de seu marido até sua morte em 1945. Foi forte o suficiente para aguentar as dificuldades, cuidar do marido quando este foi acometido pela poliomielite e quando teve seus casos. Mas foi na vida privada que mostrou seu valor. Podia não ser uma beldade por fora, mas por dentro era a própria Miss Universo.

Foi ativista contra o racismo que imperou nos EUA desde a Guerra Civil, organizando diversas palestras nos estado sulistas para divulgar a causa da igualdade racial, sendo até mesmo ameaçada de morte. Mas em nenhum momento desistiu. Em 1939 organizou um concerto para a cantora negra Marian Anderson no Lincoln Memorial, onde uma pequena multidão de 700 000 espectadores puderam aproveitar a bela voz dessa cantora.


Mesmo casada com o presidente, Eleanor se opôs ao confinamento dos japoneses residentes nos EUA na costa oeste do país durante a Segunda Guerra Mundial, um ato extremo de covardia e discriminação.


Com isso, ao final da Segunda Guerra, Eleanor participou da formulação da Declaração dos Direitos Humanos. Foi diplomata, ativista dos direitos humanos, embaixadora dos EUA na ONU, e militou politicamente até sua morte em 1962.


Eleanor se preocupava com o outro, não importando a cor de sua pele, sua descendência ou qualquer outro fator. Das humilhações sofridas na infância, tirou forças para mostrar ao mundo que todos somos iguais, que podemos ser belos, por fora e por dentro, e que não há beleza maior do que ser solidário com o próximo.


Então, quando estivermos naqueles dias onde tudo parece dar errado, o cabelo não ajuda, o céu está cinza e não há nenhum sinal de sol, lembremos que há algum tempo existiu uma mulher, que também foi mulher como nós, e que mostrou seu valor apesar das criticas quanto a sua aparência ou modos. E vamos lembrar que a beleza deve partir de nós para os outros e que quem precisa te achar bonita é você mesma e não as outras pessoas.

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evefowl@hotmail.com

6 Comentários

  • Rafaelli - Só Para Meninas

    Eu simplesmente amei esse post! Quero ver outros desses por aqui, Eve Fowl :)
    Sabe de que eu me lembrei? Da Blair, ela tem a lista de inspirações dela, hahaha

    É sempre bom lembrar que a beleza de uma mulher vai muito além da aparência. Ta aí esse post pra não nos deixar esquecer disso.

  • Choramingos e Chorumelas

    Eu adorei essa história, e concordo plenamente, a verdadeira beleza é a da alma, esta não acaba nunca, agora quem se prende apenas a beleza externa se esquece que um dia ela acaba e depois disso o que fará, então devemos nos sentir belas pelo o que temos dentro de nossos corações e isto influenciará sem dúvida na beleza externa, bjs e flores. Deka

  • Sissym

    A historia dela que fez historia é uma motivação para que todos sempre sejam corajosos, acreditem em si e não deem o braço a torcer.

    bjs

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