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Quando o amor não dá certo

Eu sempre adorei filmes românticos e o friozinho na barriga que muitos deles nos passam só de nos imaginar vivendo aquela história, no lugar da mocinha que muitas vezes acaba vivendo feliz pra sempre ao lado de seu príncipe encantado, e vivendo uma vida de plena alegria. Toda a mulher tem esse lado “Alice” de ser, e mesmo que não sonhe com o príncipe encantado chegando em um cavalo branco, sonha com os homens de alguma forma idealizada, mesmo que não perceba.
Quando assisti o filme 500 dias com ela (50 days of Summer), fiquei encantada pelo fato de ele mostrar uma realidade que pra alguns parece ser cruel, mas pra mim foi apenas uma forma mais realista de ver um quase amor.

 

 

O trailer com legenda em Português, tem aqui

 

Esse não é apenas um post indicando um dos meus filmes preferidos da vida, mas sim uma reflexão do que ele significou na minha vida, e das coisas que ele me ajudou a enxergar.
Não é só nos filmes que a gente sempre espera que tudo acabe com um final feliz, eu me arrisco a dizer que essa expectativa é muito maior quando se trata da vida real. Quando a gente se apaixona de verdade, a gente imagina a história muito além: As vezes daqui a alguns dias, daqui a meses ou até anos. E as vezes a gente até pensa em como seria o fim, mas acaba deixando a possibilidade meio de lado, e focando muito mais naquele sonho todo de ter quem você ama ao lado.
Não que esse otimismo seja completamente ruim, eu considero saudável até um certo ponto. Principalmente quando você não está sonhando sozinho.
Na verdade, o que complica mesmo é quando aquele amor não dá certo, e você vê seu mundo inteiro desabar na sua frente. Eu já tive “os Summers” da minha vida, e sei bem do que estou falando: É aquela sensação de impotência, de não querer esquecer, de não aceitar perder.
Você se pega olhando aquelas fotos, ouvindo aquelas músicas e desejando com toda a sua alma que ele volte, sem tentar se convencer de algo que faz muito mais sentido: acabou.
O maior problema dos Toms da vida, é que eles demoram pra entender que um relacionamento é composto de duas partes: você e ele.
Tom: “I don’t wanna get over her, I wanna get her back.”
 
 
Não adianta perder noites tentando encontrar aquela explicação que ele não te deu (ou deu e você não quis entender), não adianta mostrar pra todo mundo o tanto que ele mudou sua vida, te fez feliz, e tá te fazendo falta. Quando o amor não acontece, a única coisa coisa que se pode fazer é deixar o tempo agir (e nunca deixar de se ajudar), e acreditem: ele cura.
Na vida muitas coisas são imprevisíveis. Você alguma vez na vida vai ser Summer e alguma outra vez vai ser Tom. E a pesar de parecer que só as Summers são “felizes para sempre” no final da história – se você parar direitinho pra pensar – vai perceber que a tal da felicidade também aparece pra quem é Tom, afinal, todo o verão (Summer) tem fim, e quando ele acaba, deixa espaço pra uma nova estação.

 

Gente, não deixem de ver esse filme. É maravilhoso! E não quero saber de vocês reclamando que “eles não foram felizes no final”, porque felicidade é diferente de juntos.

8 Comentários

  • Gi Lizarda

    Aaaah, adoro romances… não importa se tem final feliz ou não.
    500 dias com ela eu assisti e é ótimo. Adoro filmes com a Zoey. Linda ela!

    Um beijo, gata. Fica com Deus.

  • Milca Alves =)

    Vi esse filme um dia por acaso com o meu irmão, e adorei, ele é mesmo super realista, e até meu irmão que dá um de machão e que não gosta de filmes românticos gostou. Gosto de filmes que exploram outras situações.

  • Anonymous

    O filme em questão peca ao não explorar outros “perfis” dos atores. Ao assistar a outras longas nas quais eles atuaram, é possível perceber como a personagem só muda de nome, porém suas características psicológicas não. A exemplo disso: o filme 50% (ou 50/50 em inglês) e o filme fim dos tempos (ou The Happening em inglês).
    Abordando a temática, a produção explora uma parte da maioria das comédias românticas que é de pouca importância e geralmente desatrelada da personagem principal. Em resumo, o filme trata daquele coadjuvante que era apaixonado pela personagem principal, entretanto a personagem principal TEM DE ficar com outra personagem principal e, por isso, ela termina com o tal coadjuvante e sua tristeza nem é abordada no contexto. O que aconteceu no filme exposto foi justamente isso.
    Trazendo para a realidade dos expectadores, todo mundo sabe que a partir do primeiro beijo já se sabe se um relacionamento com aquele parceiro(a) vai vingar, ou não. A questão é que sempre uma das partes possui um sentimento muito forte e a outra é indiferente e só demonstrará isso quando realmente cansar ou encontrar alguém do seu interesse. E assim, resume-se a história do Tom.
    No final do filme, o autor da história deixa em aberto para a imaginação de cada um. Ou seja, não se pode afirmar que com a Autumn ele encontrou o seu verdadeiro amor.
    Por fim, o filme é sem sal e sem nenhuma surpresa.
    Acredito que por esse meio de comunicação ser um blog, me atrevo a opinar, e, também, gostaria de deixar uma dica: revise antes de colocar online sua postagem.

  • Anonymous

    Oi Rafa,
    Como escreve bem menina! Parabéns!!!
    Li o teu texto…também assisti o filme, que é muito bom! Fiquei pensando no que escreveu sobre felicidade ser diferente de estar junto.
    Sabe…estou apaixonado. E não estou junto…amo e não posso estar junto. Isso não me faz feliz, porque sonho em fazer o meu amor feliz e espero que ela me faça também. Sobre essa questão do coração não há outra forma de duas pessoas serem felizes se não estiverem juntas. De outra maneira fingirão o tempo todo que as coisas estão bem e na verdade no escuro da alma e da noite, nos momentos de reflexão e também de crise perceberão o que de fato sentem…que estão sem a pessoa que completa a vida.

    Minha sugestão é perguntar a quem tem experiência sobre o amor (se é que existem dicas para amar) para te explicar como amar inteiramente e aproveitar a(s) chance(s) que a vida nos dá. Sugiro que a pessoa mais próxima a vc faça isso. Pode ser o pai, mas como mulher SUA MÃE com certeza sabe o que é amar e até mesmo como uma mulher se sente nos momentos de íntima reflexão sobre a vida e o amor.

    Boa sorte na conversa com ela e boa sorte ao perceber quando “seu príncipe” aparecer.
    Continue escrevendo coisas interessantes sobre a vida!

    Sam

  • Sandra

    Adorei sua reflexão, concordo 100% com tudo que voce colocou. Esse filme aborda essa situação de uma forma realista, mas de uma maneira que é possível encarar. Não tem personagem certo ou errado, bom ou mal, apenas existem duas pessoas que se relacionam e isso é legal por um período, mas depois uma delas decide tomar outro rumo e a outra..bem…acho que todos sabemos bem como é essa dor né? Não dá pra julgá-la por ter acabado o namoro, nem ele por não conseguir entender e aceitar.
    Facil de se identificar com os dois personagens ao mesmo tempo, pois quem nunca tomou ou deu um pé na bunda…
    Muito bem feito esse filme! E ela é a mulher mais linda do cinema mas fico feliz por nunca tê-la tido como amiga quando eu era adolescente hahaahahahahha

  • Sandra

    Esse filme é ótimo pra ensinar as pessoas a não julgar ninguem…É facil se identificar com ambos os personagens ao mesmo tempo, pois quem é que nunca deu um pé na bunda? quem é que nunca tomou?
    Todo mundo sabe o tamanho da dor que o Tom sentiu…todo mundo já desanimou com um relacionamento e partiu pra outra. quem é o bom? quem é o mau?
    Adorei seu texto, me identifiquei bastante com sua reflexão, acho que o mundo seria mais tranquilo se as pessoas tivessem o seu grau de evolução pra entender o que foi colocado aqui. Os ciclos começam e terminam e alguns são curtos, outros são mais longos.
    Quisera Deus que na nossa história, todo mundo fique bem no final ;-)
    um beijo

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