“Vaidade, vaidade, vaidade. Mulher que se preza tem pelo menos 50% de vaidade por si mesma – os outros 50% também são vaidade, mas aí são pelo que os outros pensam dos seus pesares (todas temos os nossos egocentrismos camuflados). Românticas, roqueirinhas, humanitárias, modernas, socialistas, “marias gasolinas”. Não importa. O certo mesmo é que as mulheres, constantemente taxadas pelo selo da limitação, são mais vaidosas (digo pela preservação de essência, não por felicidades e espelho) quando estão de unhas feitas.
Lógica simples. Mulheres vão ao salão. Foram as mulheres que criaram os salões. O propósito do investimento, pelo menos o que a placa indica, é a beleza. Nos salões, quase sempre é preciso marcar manicure. É porque as manicures são muitos disputadas, principalmente as que fazem pé e mão em uma hora. Por que será?
Postiças. Para aplicá-las é preciso lixar as unhas que geralmente são do tipo que crescem ou estão roídas. Então é aplicada uma cola permanente (tipo super bonder, só que antialérgica) para fixar a unha falsa. Elas são exageradas, mas quando coladas, podem ser moldadas no tamanho desejado pela cliente. Mas fica ainda melhor. Esmaltes! Cor, estilo, desenho. Nas mãos, as unhas sonhadas. Mas não é só isso.
Cutículas. Unhas postiças merecem“cutilação”. Hidratante, água, algodão. Tudo pra deixar a pele sensível para ser afastada com o pauzinho e ser cutilada com o alicate. As vezes faz cócegas, e quando tira “bife”, aí dói! Sangra e precisa pressionar até estancar. Mas a dor vale para ressaltar as unhas novinhas.
Postiças e cutículas. A vaidade das mulheres pelas unhas é reflexo do sentir das mulheres pelo constante desejo de mudar. Cortar fora os excessos, lixar as decepções, passar permanente para preservar por dias na memória aquele elogio recebido no trabalho. Depois vem o restante do processo. Colar um plástico em cima daquela carcaça roída do fim de uma relação, tentar encobrir tristezas com esmaltes coloridos, mesmo sabendo que eles não vão durar mais do que dez dias.
Mulheres que, para ter unhas bonitas, aceitam que paus e afastadores a separem de um passado tão presente e visível, mesmo que pra isso seja preciso usar um alicate, que separe de vez, mesmo que essa separação deixe gotas de sangue como marca.
Vaidade, vaidade, vaidade. Mulher que se preza tem pelo menos 50% de vaidade por si mesma – os outros 50% também são vaidade, mas aí são pelo que os outros pensam dos seus pesares, e que ela tenta camuflar toda vez que marca manicure.”
———————————————-
É, meninas… se traz marcas do passado, está feio, evidente, encravado, se está arranhando, dolorido ou sangrando…
É hora de mudar! É totalmente possível cortar fora os excessos e lixar as decepções… e claro, cuidar pra estar constantemente nesse processo de melhoria e renovação. E que, nesse caso, seja 100% por você.
Fique bem. Fique bonita. Por dentro e por fora.
Flavia Melo
twitter l face